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Renault anuncia corte de 2 mil milhões de euros em 3 anos

| Revista ACP

Em França, serão reduzidos cerca de 4.600 postos de trabalho, aos quais se vão juntar outros 10.000 no resto do mundo.

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Jean-Dominique Senard, CEO da Renault, expôs o panorama para os próximos três anos, dentro de um quadro complicado para a indústria automóvel, agravado pela crise pandémica que o mundo atravessa. A transição ecológica continua a ser uma prioridade da Renault, que tomou decisões difíceis, mas refletidas, para assegurar um novo desenvolvimento. A nova estratégia do grupo vai passar pelo desenvolvimento dos veículos elétricos e também dos comerciais ligeiros.

A alteração de prioridades, na procura de estabilidade, passa pela necessária redução de custos ao nível da engenharia e produção, sendo complicado manter a previsão de cinco milhões de veículos até 2022. Pragmatismo e lucidez na aplicação deste novo plano, é o que pretendem os responsáveis pelo grupo, que apontam fabricar em França um novo motor elétrico. Sublinhar as diretrizes da Aliança, na construção de automóveis com plataformas partilhadas pelas marcas, ajustando a capacidade industrial às novas realidades de um mundo em mudança radical, são os objetivos.

Para permitir o regresso a uma trajetória de crescimento rentável e sustentado, o Grupo Renault pretende ajustar os seus efetivos, mas compromete-se a que tal seja feito através de um diálogo exemplar com os parceiros sociais e as autoridades locais. O projeto de ajustamento dos efetivos terá por base medidas de reconversão, de mobilidade interna e de saídas voluntárias com uma duração de 3 anos. Em França, serão abrangidos cerca de 4.600 postos de trabalho, aos quais se adicionará a redução de mais outros 10.000 no resto do mundo.

Numa visão estratégica e aberta, continuam as boas perspetivas de dar continuidade à parceria com a Daimler, redefinindo os objetivos para o futuro. Segundo os seus responsáveis, a Renault pretende continuar na Fórmula 1, e o encerramento da fábrica da Nissan em Barcelona, não irá ter grande efeito nos projetos futuros do grupo. Contas novas, melhorar a eficácia e otimizar recursos, são os princípios básicos para relançar a reconstrução.

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