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Que significado têm os quatro anéis da Audi

| Revista ACP

A história explica-se pela união do fabricante com outros três e o símbolo surgiu no início da década de 30.

Audi

Foi uma zanga entre sócios que motivou a escolha do nome Audi para batizar aquela que hoje é uma das mais conhecidas marcas de automóveis e que tem como logótipo quatro anéis entrelaçados em linha reta (diz-se que é para não confundir com as argolas do Comité Olímpico criado em 1894).

Porque é que este fabricante escolheu quatro anéis? A história começa em 1899 quando August Horch (1868-1951) fundou em Colónia na Alemanha a sua companhia e deu-lhe o apelido Horch, mas desentendimentos internos levaram-no a afastar-se da empresa oito anos depois de ter fabricado o primeiro automóvel saído da linha de produção em 1901.

Desiludido, Horch decide então criar uma nova empresa: a August Horch & Cie. Motorwagenwerke AG, com sede em Zwickau no leste da Alemanha. Só que não podia voltar a utilizar o nome Horch por existir uma empresa com essa designação, ou seja, aquela que tinha abandonado uns anos antes. Contudo, resolveu o problema de forma elegante ao usar o seu apelido mas traduzido em latim. Horch significa “ouvir” em alemão, que por sua vez se diz “audi” em latim. Então e como nasceram, afinal, os quatro anéis entrelaçados que ainda hoje são a imagem da marca? Isso foi mais tarde.

Com o final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha mergulhou numa crise profunda, fazendo com que muitas empresas não resistissem aos tempos difíceis, acabando por desaparecer. Mas quatro fabricantes de automóveis conseguiram resistir e uniram-se para melhor enfrentarem a crise. Foram eles a Audi e a Horch (que entretanto se reconciliaram), a Wanderer e a DKW. Juntos, deram origem à Auto Union, a nova empresa que escolheu para seu logótipo os quatro anéis, cada um a representar uma das associadas. O símbolo surgiu em 1932, mantendo-se até aos dias de hoje.

Nos tempos áureos da Auto Union, a marca dominava a Fórmula 1, a par da Mercedes com os famosos”Silver Arrows”. Reza a lenda de que o modelo Type C da Auto Union atingiu os 431 km/h numa competição e quem ultrapassou a barreira dos 430 km/h de velocidade foi o piloto Bernd Rosemeyer ao volante do Type C que a Auto Union desenvolveu em parceria com Ferdinand Porsche, com um motor V16 que debitava 560 cv de potência.

Outro marco importante na história da marca foi a realização dos primeiros crash testes há mais de 75 anos, com os engenheiros da DKW a empurrarem um F7 por uma colina contra a parede.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha novamente empobrecida apenas oferecia mercado para os simples e robustos automóveis da DKW, uma das associadas da Audi e esta acabou por desaparecer, tendo sido relançada em 1968 pela Volkswagen. Ainda hoje pertence ao grupo.

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